Depois que iniciei o curso
teórico, uma vontade começou a me visitar: escrever um blog. Ficava imaginando
algum assunto, desistia, escolhia outro, desistia outra vez... Um certo dia
pensei: mediunidade. Mas é um assunto sobre o qual já se escreveu tanto... foi
quando tive a intuição de fazer um diário contando a minha experiência. Aí sim;
dessa ideia eu gostei. Escreve-se muito sobre a teoria da mediunidade, mas
quase nada sobre a prática. Nem mesmo o Livro dos Médiuns de Allan Kardec (a
“bíblia” do assunto) fala com especificidade sobre a prática.
A partir desse momento
começou minha maior dificuldade na escrita: qual título dar ao blog? Todos os
nomes em que eu pensava davam a impressão de que a autora do blog era médium. E
eu não sei se sou mesmo, vou descobrir com o tempo. Esse detalhe é bobo, mas eu
acho importante; e estava me bloqueando. Certa madrugada eu acordei de repente.
Estava desperta, sem sono, não tinha tido pesadelo, mal estar físico, nada.
Simplesmente acordei e não tinha sono para dormir outra vez, apesar de ser
madrugada ainda. Na esperança de voltar logo a dormir, não acendi a luz para o
sono não escapar. Daí comecei a pensar deitada no escuro. Um pensamento cruzou
minha mente: e o blog? Pensei : é mesmo gente, e o blog? Preciso passar essa
ideia para a prática. Mas e o nome? Foi então que outro pensamento cruzou minha
mente: diário da mediunidade. Fica mais impessoal, você não vai falar de uma
médium, mas a respeito da mediunidade. Pausa de susto, perplexidade e gratidão;
tudo junto. Percebi que alguém me respondeu claramente através da minha
intuição. O pensamento chegou prontinho, sem deixar espaço para dúvidas. Nesse
momento eu entendi que a ideia de fazer um blog não tinha sido minha e que eu
não ia escrever sozinha. E o pior: era uma tarefa. Não dava para continuar
enrolando mais. Ok, ótimo nome. Amanhã eu faço o blog então. Daí a pessoinha do
além manda para mim: liga a luz e anota o nome porque você vai esquecer até
amanhã. Eu pensei: vou nada, vou lembrar. Se eu acender a luz, aí é que não
durmo mais. E aí: anoooota, se não vai esquecer. Aff, tá bom. Liguei a luz,
anotei, voltei pra cama e desliguei a luz. O coração estava feliz, exultante,
tinha certeza que houve uma comunicação ali. Passado um instante, comecei a
sentir um calorzinho bom, o sono foi chegando não sei de onde e dormi.
Como se não estivesse totalmente desperta um momento antes.
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